quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Reflexão - Paulo Freire " Não há docência sem discência "




  4.  Pedagogia da Autonomia no Ensino Superior ( Paulo Freire ).




  Ele faz algumas abordagens interessantes, onde o professor não apenas transmite conhecimento, mas há uma troca de informações entre o aluno e o professor. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender. Outra abordagem importante, é que “Ensinar não é transferir conhecimento”, mas sim criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Isto é, ensinar ao aluno a pensar. 


Freire introduz Pedagogia da autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a ideia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano", essencial para o trabalho docente. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar.
Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência", pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado". Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro.Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem. E por fim, ele coloca que o educador precisa gostar de ensinar. Tem que estar na alma do professor. O professor tem que ser apaixonado pela que faz.




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